Drácula de Tod Browning 1931 PortuguesBrasil 2de7
Drácula ( 1931, Tod Browning )
Aqui o Vídeo original esta em Espanhol e a Legenda sincronizada com o Vídeo estava em Alemão que foi traduzida para o Portugês.
Título original: Dracula
Ano: 1931
País: Estados Unidos
Duração: 75 min.
Gênero: Terror
Diretor: Tod Browning Diretor dos Filmes ( A Trindade Maldita, Monstros, A Marca do Vampiro )
Trilha Sonora: Franz Schubert, Pyotr Ilyich Tchaikovsky
Elenco: Bela Lugosi, Helen Chandler, David Manners, Dwight Frye, Edward Van Sloan, Herbert Bunston, Frances Dade, Joan Standing, Charles K. Gerrard
A mitologia do vampiro, em específico o clássico personagem conde Drácula, é tão difundida e conhecida que parece estar enraizada na cultura da humanidade há séculos. Ledo engano. É óbvio que histórias de vampiros existem há séculos, mas foi só no ano de 1897 que o romance Drácula foi publicado, sob a pena de um escritor irlandês chamado Bram Stoker.E o sucesso da extensa colagem de diários e registros em primeira pessoa foi instantâneo. Da literatura para os palcos de teatro a transição foi igualmente bem-sucedida, e daí para o cinema era só uma questão de tempo. Da era do cinema mudo o mais marcante filme baseado no romance foi Nosferatu (Murnau, 1922), que usou o mito criado por Stoker de forma livre, apenas trocando os nomes dos personagens e os locais da história.
O sucesso da peça teatral estrelada pelo húngaro Bela Lugosi entusiasmou a Universal, que decidiu filmar Drácula na aurora do cinema falado, quando ainda não era nem mesmo possível combinar a trilha sonora com os diálogos dos atores. O ano era 1931,Drácula chegava às telas adequadamente personificado, infelizmente baseado mais na peça de teatro que no tétrico texto de Stoker.
Nesta versão, o corretor de imóveis Renfield (Dwight Frye) viaja à Transilvânia para negociar a venda de um imóvel inglês para um certo conde Drácula.Dr.com Seward ( Herbert Bunston ), pai de Mina Seward ( Helen Chandler ) e futuro sogro de John Harker ( David Manners ).
Exceto pela inversão de parentesco e pela exclusão de alguns personagens, o filme do diretor Tod Browning mantém uma certa fidelidade à linha principal do romance de Stoker.Enquanto a primeira meia hora do filme mostra-se um deleite, com uma ambientação extremamente competente nas seqüências da Transilvânia e no interior do castelo do conde, o filme patina em furos aberrantes no roteiro e num desenvolvimento confuso em sua parte final, culminando num desfecho abrupto e insatisfatório.
Ainda assim, o filme mantém uma aura mágica que fascina e mantém seu status de clássico absoluto do cinema de horror.A presença magnética de Bela Lugosi e dos cenários quase oníricos da primeira parte do filme, mantêm o interesse constante ao longo de uma obra que, sem sombra de dúvida, seria completamente esquecível sem a sua presença.
Bela Lugosi, por sinal, foi o grande responsável por definir a figura do vampiro como a conhecemos hoje.
A despeito de todas as falhas técnicas de Drácula e da quase unanimidade quanto à má direção do ausente Tod Browning,é inegável que a adaptação de 1931 estabeleceu um padrão definitivo para um gênero que estava apenas nascendo.
Texto postado por Kollision em 16 de Dezembro de 2004.