KAÊ GUAJAJARA: 'Fala-se da importância da música brasileira, mas nunca se inclui a música indígena'
Kaê Guajajara já lançou três EPs e o álbum "Kwarahy Tazyr", que quer dizer "Filha do Sol" em zeeg’ete (língua guajajara). Recentemente, esse último trabalho saiu também no formato de álbum visual pelo selo indígena Azuruhu. “É muito curioso observar toda a trajetória dos povos indígenas e o que falaram sobre nós. E o que falaram sobre nós não é a nossa realidade”, diz a artista indígena. “Hoje, buscamos essa visibilidade para falar de nossa existência”.
A cantora indígena nasceu em uma aldeia no Maranhão. Ainda criança, se mudou com os pais para o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. “A minha família não quis se articular com nada. Então, automaticamente, foram invadindo aquelas terras. Isso culminou com a violência, não só contra a natureza, mas contra os corpos das mulheres que estavam resistindo no território não demarcado”, lembra. “Muitas famílias saíram, migraram para as favelas no sentido de se proteger, quando não sabiam que estavam indo pra outro território não demarcado que está continuamente sendo invadido”.
Seja membro do Clube do Canal de CartaCapital e tenha acesso a benefícios exclusivos:
https://bit.ly/ClubeDoCanal
Assine e apoie CartaCapital: https://bit.ly/CartaYoutube
Inscreva-se no canal de CartaCapital no YouTube:
https://www.youtube.com/cartacapital?sub_confirmation=1
Siga CartaCapital nas redes sociais:
- Facebook: http://www.facebook.com/CartaCapital
- Twitter: http://www.twitter.com/cartacapital
- Instagram: http://www.instagram.com/cartacapital