Sala Debate 04/06/2013 - Médicos estrangeiros no Brasil (parte 1)
O Brasil tem hoje o número de médicos por habitantes recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — que é de um médico para cada mil habitantes. O problema é como eles estão distribuídos pelas regiões do País. No Rio de Janeiro e no Distrito Federal, há mais de três médicos para cada mil habitantes. Já o Maranhão teria que duplicar o número de profissionais para atingir a meta da OMS. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde quer "importar" médicos estrangeiros de Cuba, Espanha e Portugal. A proposta ganhou o apoio dos munícipios do interior do País, que têm enormes dificuldades para atrair os profissionais brasileiros. Na última edição do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), o governo federal atendeu a menos de 30% dos pedidos das prefeituras. Na outra ponta, o Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu ao Ministério Público que tome providências caso o governo insista em contratar médicos estrangeiros sem a prova de revalidação de diplomas. No ano passado, mais de 90% dos candidatos foram reprovados no exame — incluindo médicos das nações que devem enviar novos profissionais ao Brasil. Com quase 13 mil brasileiros se formando em medicina por ano, o país precisa mesmo de médicos estrangeiros? E por que os nossos médicos não querem trabalhar no interior e nas periferias das grandes cidades? O Sala Debate convida você a participar desta discussão, que vai contar com as presenças de:
- Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)
- Eduardo Tadeu Pereira, presidente da Associação Brasileira dos Municípios (ABM)