The Last of Us Part 1 - PC - O FINAL - parte 28
Lançado originalmente em junho de 2013 para PlayStation 3, The Last of Us conta a história do mundo que sucumbiu por conta de uma devastadora pandemia causada por um fungo chamado Cordyceps. Acompanhamos todo o desenrolar da trama sob o olhar de Joel Miller, um pai solteiro e dedicado cuja única alegria na vida é criar a filha Sarah.
Na madrugada de 27 de setembro de 2013, um surto da infecção chegou à cidade de Austin, no Texas, onde Joel, sua filha e seu irmão mais novo Tommy viviam, forçando-os a escapar para salvar suas vidas. Durante a fuga em meio a uma cidade envolta em brutalidade e caos, Sarah é baleada e morre nos braços de seu pai.
Vinte anos depois, vemos um Joel mais velho e calejado da difícil rotina de quem ainda consegue sobreviver em um mundo corrompido, devastado e fragmentado em todos os aspectos. Ele agora ganha a vida como um contrabandista junto com uma de suas poucas amigas, Tess, e um dia recebe a tarefa mais difícil de sua vida desde que o mundo acabou: contrabandear uma criança.
A jovem Ellie, de alguma forma, é imune à infecção e se torna a esperança de uma cura para a devastadora doença que ainda assola o mundo. Relutante em aceitar o trabalho, Joel é convencido por Tess a aceitar a tarefa de levar a garota até um grupo de ativistas chamados de Vaga-lumes, para que estudem a mutação gerada em Ellie e possam encontrar uma cura para a humanidade.
Em uma história cheia de reviravoltas e perdas, Joel e Ellie criam um poderoso laço que mudará não apenas suas vidas, mas também as de todos ao seu redor enquanto embarcam em uma perigosa e imprevisível viagem cruzando os Estados Unidos em busca de um motivo para viver um pouco mais.
Nove anos depois
A história de The Last of Us se manteve intacta após nove anos, portanto não preciso entrar em mais detalhes sobre a narrativa — Até porque alguns jogadores eram muito novos ou talvez nem tenham nascido quando a versão original ou sua remasterização para o PS4 foram lançadas, assim evitando possíveis spoilers para quem não lembra ou mesmo não tenha jogado nenhuma das duas outras versões.
O remake traz uma edição que podemos chamar de definitiva da obra original com modelos de personagens, cenários e engenharia de som totalmente refeitos para aproveitar todo o poder que o PlayStation 5 tem a oferecer. Trocando por miúdos, o trabalho da Naughty Dog aqui foi pegar tudo que fizeram com a Parte II, refinar e usar para deixar a Parte I da maneira que deveria ser, o que não foi possível por conta da limitação tecnológica da época, no início da década de 2010.
Para mim, que joguei a versão original quase dez anos atrás, voltar a este mundo e ver tudo refeito e melhorado foi uma experiência prazerosa e nostálgica ao mesmo tempo. Não sou o jogador fanático que sabe todas as falas e a localização de todos os itens, mas os momentos-chave que ficaram tatuados em minha memória foram renovados com o esplendor visual e sonoro apresentado no remake.
Um dos pontos que mais chamou minha atenção foi a fidelidade visual dos modelos dos personagens, que, mesmo melhorados na versão remasterizada do PS4, agora são mais realistas e não possuem mais aquele aspecto de bonecos digitais da década passada.
A riqueza de detalhes das texturas e, principalmente, as feições de cada um estão extremamente realistas e detalhadas, passando toda a emoção de cada sentimento, seja nas sequências cinemáticas ou mesmo nas animações in-game. É assustadoramente impressionante e confirma o que Neil Druckmann disse sobre deixar The Last of Us Part I até melhor que a Parte II.
Tomei a liberdade de voltar ao segundo jogo para fazer aquela clássica brincadeira de comparação, e realmente se vê que não houve economia nos esforços do trabalho da Naughty Dog neste departamento. Mesmo com os aprimoramentos proporcionados pelo PS5, a qualidade gráfica é o ponto de maior destaque no remake.
Gameplay refinado
Feitas as devidas observações sobre o visual, vamos ao que interessa: o gameplay. Uma das principais promessas do remake foi adequar o gameplay para deixá-lo mais preciso, acessível e dinâmico, e o resultado traz justamente tudo que foi prometido. Em The Last of Us Part I temos algo muito semelhante à evolução apresentada na Parte II, estendendo essa uniformização que a Naughty Dog está dando à série.
Se visualmente os dois jogos já são praticamente idênticos, no que diz respeito ao gameplay temos a mesma uniformidade. A movimentação dos personagens é mais autêntica e precisa, somada a uma inteligência artificial, tanto dos inimigos quanto dos NPCs, mais dinâmica e realista que deixa a experiência de atravessar áreas cheias de infectados, ou humanos, mais desafiadora e fidedigna com uma situação da vida real.