Durante a ditadura militar, o governo enfrentou epidemia de meningite. Não há números oficiais sobre mortes e doentes por causa da censura que foi, à época, imposta pelo regime.
A epidemia foi pouco divulgada pela mídia. O governo não admitia a existência de um problema sanitário no país. Isso durou até 1975, quando a epidemia em São Paulo tomou grandes proporções.
Em 1975, foi criada a Camem (Campanha Nacional de Vacinação Contra a Meningite Meningocócica). O governo passou a divulgar dados para estimular a população a aderir a campanha.
Os militares determinaram que a vacina contra a meningite seria obrigatória. Outras foram aplicadas para conter a propagação de diversas doenças, como comovaríola, tuberculose e poliomielite.
A vacinação na época era feita por uma espécie de pistola de ar comprimido, algo hoje condenado —era a mesma pistola para todos que iam se vacinar. Essa forma de vacinação podia transmitir doenças de uma pessoa para outra, como hepatite.