Diretor do Datafolha não descarta "surpresa" no Rio
Na divulgação da última pesquisa Datafolha antes do segundo turno das eleições municipais de 2016 na "TV Folha", o diretor-geral do instituto de pesquisa, Mauro Paulino, avaliou que, apesar de improvável, uma virada no pleito carioca é possível.
A pesquisa apontou uma queda nos votos válidos para o deputado federal e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella (PRB), de 63% para 58%, ao mesmo tempo em que houve aumento dos votos válidos para o candidato Marcelo Freixo (PSOL) de 37% para 42%. Com isso, a diferença entre os candidatos caiu dez pontos percentuais: de 26 para 16.
"Foi uma mudança muito significativa e muito rápida. Não descarto a possibilidade de haver uma surpresa no resultado das eleições no Rio de Janeiro", disse Paulino.
Segundo Fabio Zanini, editor do caderno "Poder", a campanha se acirrou nas últimas semanas. Crivella teve de prestar contas de discursos antigos seus que "resvalam na homofobia" e de uma música, composta pelo bispo licenciado, que faria referência ao famoso episódio em que uma liderança da Igreja Universal do Reino de Deus chutou uma santa católica ao vivo na TV, o que denotaria certa intolerância religiosa do candidato do PRB.
Para o colunista Bernardo Mello Franco, o aumento dos votos dos católicos a Marcelo Freixo é resultado de uma estratégia de campanha do candidato do PSOL que "bateu muito na tecla da rejeição à Universal". O candidato do PRB tem 92% das intenções de voto entre os eleitores evangélicos do Rio.
Durante a transmissão, os convidados também comentaram os últimos números do Recife e de Belo Horizonte divulgados pelo Datafolha.
Leia mais sobre as eleições municipais: http://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes-2016/