Na noite de 5 de outubro, Juli Bohorquez não pôde voltar para casa. Sofria da "plebituza" que acometeu os colombianos favoráveis ao acordo de paz com as Farc, derrotado no plebiscito do dia 2.
"'Tuza' é como uma dor no coração", explica. As vítimas do sentimento, como ela, marcharam em silêncio absoluto pelo centro de Bogotá naquele 5 de outubro até a praça Bolívar, o coração político da capital colombiana, em defesa do fim do conflito com as guerrilhas e o governo.
"Quando vimos toda essa gente junta, não conseguimos ir embora e dormir em casa como se não tivesse acontecido nada", disse ela à reportagem na tarde de quarta (19), seu 14º dia seguido em praça pública. Ali, estão diante da catedral bogotana, do Congresso Nacional, do Palácio da Justiça e da prefeitura e a duas quadras da residência oficial do presidente Juan Manuel Santos.