No 'Direto da Redação' desta segunda-feira 7, o editor Rodrigo Martins e o repórter Maurício Thuswohl conversam com o médico sanitarista Giliate Coelho Neto, mestre em Saúde Coletiva pela Unifesp e ex-diretor do DataSUS, sobre o apagão de dados da saúde. Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, foram expostas sete falhas de segurança nos sistemas do Ministério da Saúde, com o vazamento de dados pessoais de milhões de usuários do SUS. O ataque hacker de dezembro do ano passado deixou o País no escuro sobre a situação da pandemia durante mais de um mês.
Recentemente, o site Poder 360 revelou que o orçamento disponível para o DataSUS despencou de 287 milhões de reais, em 2018, para 136 milhões em 2021, o menor valor da série histórica iniciada em 2013. As despesas gerais do Ministério da Saúde com tecnologia de informação também caíram 39% nesse mesmo período, de 469 milhões para 286 milhões. Na avaliação de Coelho Neto, os cortes orçamentários e a debandada de profissionais qualificados da pasta foram determinantes para o êxito dos ataques criminosos que comprometeram os sistemas da pasta.
O programa também aborda as queixas de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, antigo chefe da força-tarefa da Lava Jato, contra um subprocurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, a quem acusam de 'abuso de poder' por solicitar a indisponibilidade dos bens do ex-juiz no âmbito de uma investigação que apura conflito de interesses no trabalho de Moro para a consultoria norte-americana Alvarez & Marçal e a possível prática de sonegação de impostos sobre os rendimentos obtidos. E discute a linguagem bélica adotada por Bolsonaro contra adversários políticos, em meio ao incentivo do governo federal para a população civil se armar.
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