RYUKO - Eldo Yoshimizu - Editora Skript - 2023 - gekigá - mangá (resenha na descrição)

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Eu tava perambulando pelo site da COMIXBOOKSHOP um dia e encontrei ao acaso um mangá intitulado: RYUKO de ELDO YOSHIMIZU. Na verdade trata-se de um quadrinho no estilo gekigá, onde história e traço são considerados como relativos ao público adulto. Ou mais adulto. Na verdade o gekigá é mais conhecido por personagens masculino com feições mais próximas de um ser humano real. Expressões faciais ou mesmo o corpo que foge dum padrão mais cartunesco. Apesar disso, aqui em RYUKO tem um ou outro personagem masculino que nada tem a ver com visual gekigá e fica mais mangá mesmo. Sem contar que todas as garotas são realmente o mangá pop. Olhos grandes ou esticados. Daí chamar somente de gekigá fica um pouco estranho. Então é um mangá-gekigá. Não que isso importe. Não afeta em absolutamente nada.
O visual em si é bom. Você tem páginas com muitos detalhes, na maior parte do tempo, bastante poluição, então fica difícil entender na hora o que tá acontecendo num tiroteio ou perseguição de carros ou mesmo em alguma luta. Há outros momentos em que personagens e cenários são muito mais limpos. Mas admito que onde há poluição e aquele excesso de rachuras (linhas de ação) fica muito melhor e chamativo.
O corpo das moças em muitos aspectos ficam alongados demais, tanto em pernas quanto em braços em certos momentos enquanto em outros é como se encolhessem.
Armas, veículos e acessórios são bem desenhados com ótima iluminação e sombreamento. Daí por esse motivo, as garotas usando motos parecem não pertencer ao mesmo quadrinho porque elas ficam um tanto mal posicionadas em diversas cenas. Mas em hipótese alguma isso gera algum conflito. No fator geral o visual de RYUKO é recompensador.
A história não traz absolutamente nada de novo. É mais do mesmo: máfia japonesa, chinesa, conflitos militares dos EUA no Oriente Médio, terrorismo, traição, a busca pelo poder de se tornar a cabeça da organização criminosa, amizades provenientes de tragédias, inimigos se aliando e um amuleto. As conversas também são mais do mesmo que você deve ter ouvido em muitos filmes do mesmo naipe. O enredo em verdade é chatinho e demora para dar uma melhorada, só que ele fica sempre na mesma coisa. Mesmo quando há alguma revelação, não é algo surpreendente. Não porque você vai adivinhar, mas pelo fato de que é pobre mesmo em questão de andamento da trama.
Infelizmente eu não tinha motivação para ir virando as páginas. Lia um pouco por noite e então deixava de lado voltando dias depois ou até uma semana.
Publicado pela editora SKRIPT, o volume é parrudo, com quase 500 páginas, papel offset de gramatura superior (deixando-o grosso e pesado como um tijolo), não tem páginas coloridas, capa cartão mole e sobrecapa com papel muito fininho. De extra há a a breve biografia do autor (tanto numa das orelhas da sobrecapa como no miolo do livro) e algumas ilustrações das garotas.
O título RYUKO é devido a personagem principal que é especialista em quase tudo de combate e obviamente vai tendo algum amadurecimento em questões de relacionamento da condição de ser mais uma entre tantos que querem o poder no crime.
Ah, é volume único (ao menos por enquanto ao que parece, já que talvez o autor continue) e compensa pelo visual, mas fora isso infelizmente vai de acordo com o gosto do público de aceitar uma história que poderia ser muito melhor.

L. L. Santos