Eliane: CPIs são, por natureza, instrumentos da oposição e colocam administrações contra a parede
O governo saiu do estado de negação e passou a trabalhar com a possibilidade de que a CPMI dos Atos Antidemocráticos tem chance de acontecer. Nesta terça, aliados de Lula começaram a desenhar uma estratégia de defesa, para o caso de perderem a disputa pela retirada de assinaturas de apoio. Desejam articular com partidos do centrão a indicação de membros afinados com o governo para formar maioria no colegiado — composto por 15 deputados e 15 senadores. "CPIs são, por natureza, instrumentos da oposição e sempre colocam administrações contra a parede. O governo acha que vai tirar muito foco de suas medidas e consumir tempo de seus líderes na Câmara, no Senado e Congresso, então está fazendo de tudo para evitar a Comissão - ainda que também trabalhe com um plano B. São 15 deputados na composição e a maior parte das vagas é do Centrão do presidente da Casa, Arthur Lira. A esquerda, liderada pelo PT, tem 3", conta Eliane.