Em seu comentário semanal em vídeo, o diretor de redação Mino Carta apresenta a capa da semana da CartaCapital aos leitores, comenta sobre a viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos e opina sobre a prisão do ex-presidente Michel Temer.
"Nem mesmo a Ditadura civil-militar, nascida do Golpe de 1964, foi igual (a subserviência do presidente brasileiro ao governo americano). Além de tudo, aqueles militares eram nacionalistas, admitiam que o risco cubano era enorme, viam o fantasma de Fidel Castro em todos os cantos, achavam que os comunistas, agachados em cada esquina, estavam prontos a degustar criancinhas, mas achavam que o Brasil tinha que manter e valorizar os dotes incríveis que a natureza lhe deu. Não se tratava de entregá-los a ninguém, conservá-los por aqui", relembra.
"Já esses militares não. No fundo, talvez seja a questão que mais me deixe perplexo nessa situação, a postura dos militares. Eles, queiram ou não (e acho que querem), são os avalistas desse governo, os que garantem a sobrevivência desse governo. Não me surpreende o fato de que a nossa classe média esteja indiferente, porque para eles os interesses da pátria não tem valor algum, interessa só o destino da fortuna pessoal. Esse é o Brasil de hoje", conclui.
Além disso, Mino Carta também aproveitou para comentar a prisão do ex-presidente Michel Temer, ocorrida horas antes da gravação deste vídeo. "Eu acho que tudo faz parte de um plano de gente demente. Um plano terrificante a seu modo, que começa com o impeachment da Dilma. Há uma conexão clara nisso tudo. E um papel fundamental, decisivo, é o da Lava-Jato", encerra.