Nerd Rabugento Nº 100

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Nerd Rabugento Especial Nº 100.

Antes de qualquer coisa, deixa eu explicar que apesar da numeração deste episódio ser 100, este é o vídeo de número 184.

Tem vídeos especiais, drops, ao vivo, e vários outros experimentos que não entraram na ordem numérica dos vídeos “normais” e rapidinhas. Por isso eu fiquei meio relutante em fazer um especial número 100.

Como algumas pessoas pediram, eu decidi fazer, meio sem ter a idéia do que seria um conteúdo “especial”. Então eu vou usar o 100º vídeo como um agradecimento a todos vocês.

O Nerd Rabugento foi criado em 24 de janeiro de 2014. Sete meses depois, em agosto de 2014, foi ao ar o primeiro vídeo.

Eu passei sete meses estudando e planejando o conteúdo que eu colocaria no canal, e nos últimos nove meses eu publiquei, fiz testes e experimentei linguagens, técnicas e desenvolvi habilidades que nem eu sabia que tinha.

Hoje, nove meses depois, 184 vídeos depois, o canal tem mais de 15.500 inscritos, 840 mil visualizações e cresce num ritmo acelerado de 30% ao mês. Se esse ritmo se mantiver o canal vai dobrar de tamanho a cada três meses.

Uma coisa que eu queria deixar claro é que eu não sou crítico de cinema. Não estudei cinema. Não aprendi a fazer cinema.

Por gostar de cinema, eu gosto de imaginar que a minha experiência inicial com cinema teve um ar muito parecido com a do filme Cinema Paradiso.

O primeiro filme que eu assisti foi ao ar livre, em um bairro afastado aqui da minha cidade. Foi a projeção especial de um filme feito aqui na minha a cidade, com o projetor em cima de um caminhão e o povo na rua, a assistí-lo.

Eu tinha por volta de 6 anos, acho, e não tenho a menor idéia do ano que foi isso nem o nome do filme. Infelizmente acho que nunca saberei. A minha primeira experiência dentro de uma sala de cinema foi logo depois, com O Trapalhão no Planalto dos Macacos.

Eu tenho a imagem da experiência bem clara na minha mente, num cinema de rua, pequeno, sala única, com bancos de madeira com cheiro forte, cheia de crianças barulhentas.

Vi Star Wars pela primeira vez em Super 8, uma projeção numa sala de aula de uma escola, durante uma festa junina. E nem era o filme inteiro, eram apenas as cenas iniciais, com Darth Vader surgindo através da fumaça, junto com os Stormtroopers.

Quando eu tinha 11, 12 anos, eu ia todas as semanas ao cinema, que tinha duas sessões por dia, umas às 19h e outra às 21h. Eu chegava na primeira sessão e ficava até o final da segunda.

Me lembro de ter assistido a História do Mundo - Parte I, de Mel Brooks, umas seis vezes no cinema. Eu adorava aquelas maluquices.

O projecionista era o pai de um colega de classe. Então na segunda sessão eu subia até a sala de projeção e via ele trabalhando, trocando os rolos gigantes de filmes, queimando o carvão para o projetor, que parecia um incenso gigantes. Uma experiência única.

Meu gosto pelo cinema só cresceu, e o cinema daqui passou a ficar pequeno. Com treze anos pegava um ônibus e ia até as cidades vizinhas para assistir aos filmes que não chegavam aqui.

Quando eu tinha 15 anos meu mundo mudou. Descobri o VHS. E o primeiro filme que eu assisti, na casa de um tio rico que tinha um vídeocassete, foi Exterminador do Futuro. Imaginem o prazer de ver e rever um filme quantas vezes eu quisesse.

A televisão me apresentou Giuliano Gemma, Lee Van Cleef, Franco Nero, mas com o vídeocassete eu descobri filmes incríveis: Aliens, O Oitavo Passageiro, 2001, O Império Contra-Ataca, Indiana Jones, O Poderoso Chefão, Mad Max.

Meu universo, antes limitado pela televisão, explodiu. E olha que a televisão naquela época tinha uma madrugada rica, pelo menos pra mim, em filmes.

Vocês não tem idéia de quantos filmes em preto e branco eu assistia nas madrugadas da Globo. John Wayne, Spencer Tracy, O Gordo e o Magro, Godzilla e King Kong.

Mas passei a conhecer filmes de arte, descobri Akira Kurosawa, Tarkovsky, Kubrick, Milos Formam. Descobri George Romero. Descobri o cinema europeu. Descobri porcarias divertidas como Vingador Tóxico, Buckaroo Banzai, Tomates Assassinos.

Eu era um moleque curioso. Aliás, se você não é curioso, você jamais será um nerd, geek, otaku, ou sei lá qual rótulo você acha que se encaixa. Pra merecer esse rótulo você precisa ser um explorador como Indiana Jones.

Não pensem que era fácil encontrar filmes diferentes para ver. Eu descobri uma locadora numa cidade vizinha com filmes da Troma, e passei a ir até lá alugar os filmes que eu não encontrava aqui.

...

Seja curioso. Seja rabugento.







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