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Capítulo 89:
A Dança Mortal Das Empousas

A noite caía como um véu escuro sobre a paisagem, transformando o ambiente em sombras dançantes. Zephyr avançava pelo terreno sinuoso, consciente de que as Empousas, criaturas noturnas lendárias, assombravam as estradas, aterrorizando viajantes desavisados. Sua pele estava coberta de arrepios, não apenas pelo frio, mas pela sensação de estar sendo observado por olhos famintos.
De repente, risadas ecoaram pelo ar, um som que fazia o sangue gelar nas veias. As Empousas surgiram, suas formas femininas sedutoras ocultando suas verdadeiras intenções sinistras. Seus olhos brilhavam como brasas ardentes, e seus lábios se curvavam em sorrisos maliciosos, revelando presas afiadas.
Conhecidas por seduzir e devorar homens jovens, as Empousas avançaram, seus corpos contorcendo-se como sombras vivas. Uma visão intrigante e aterradora se desdobrava diante de Zephyr. Seus corpos eram de mulheres deslumbrantes, mas, ao olhar mais atento, revelavam uma beleza que desviava perigosamente para o grotesco. Sua pele pálida como a lua noturna contrastava com cabelos em chamas vivas, e garras afiadas como navalhas adornavam suas mãos.
Além disso, elas possuíam patas desproporcionais ao corpo, uma sendo de burro e a outra de latão/bronze, conferindo-lhes uma aparência ainda mais ameaçadora. Seu poder de metamorfose permitia que se transformassem em várias formas, como uma vaca, um pássaro, uma bela jovem, um cão, uma árvore, uma pedra, entre muitas outras.
A batalha começou, uma dança mortal entre luz e escuridão. Zephyr desviava-se ágil dos ataques das Empousas, seus punhos brilhando à luz da lua. Cada golpe era calculado, cada movimento preciso. Ele conhecia a importância de vencer essas criaturas, não apenas por sua própria segurança, mas pelo destino dos reinos mágico e humano.
Enquanto as Empousas atacavam com garras afiadas e presas venenosas, Zephyr contra-atacava com coragem e habilidade. Seu corpo se movia como uma extensão de sua vontade, seus punhos cortando o ar com velocidade impressionante. Ele resistiu às tentações das ilusões das Empousas, mantendo sua mente clara e focada em sua missão.
A luta prosseguiu por horas intermináveis. A lua se ergueu alto no céu, lançando uma luz prateada sobre a batalha feroz. Finalmente, com um soco poderoso, Zephyr desarmou uma das Empousas, fazendo-a recuar com um grito de derrota.
"Seu poder é grande, humano", a líder das Empousas rosnou, seu rosto contorcido pela raiva. "Mas você nunca será páreo para as trevas que se aproximam."
Com um último olhar desafiador, as Empousas desapareceram nas sombras, deixando Zephyr respirando ofegante no vazio noturno. Ele sabia que enfrentaria mais desafios antes de alcançar a Lâmina das Marés. Sua jornada continuava, cada obstáculo fortalecendo sua resolução de proteger os reinos da ameaça iminente do Leviatã.