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Zephyr (1994)

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Capítulo 90:
O Confronto nas Sombras dos Destinos

As tábuas dos destinos eram artefatos tão antigos quanto o próprio tempo, forjados por entidades cósmicas para registrar o curso das vidas e das realidades. Contendo o poder de determinar os destinos de todas as criaturas vivas, essas tábuas eram cobiçadas por muitos, mas poucos ousavam enfrentar Anzû, o guardião implacável.
Zephyr havia ouvido falar dessas tábuas em suas jornadas, compreendendo o perigo que representavam para o livre arbítrio da humanidade. Ele sabia que, para proteger o mundo do caos iminente, precisava impedir que esses artefatos caíssem nas mãos erradas. Determinado, ele avançou pelos confins sombrios de um templo antigo, onde Anzû mantinha as tábuas sob sua proteção feroz.
A sala onde as tábuas repousavam estava impregnada com uma aura de poder imensurável. Anzû, com suas asas enormes estendidas, parecia uma sombra alada, seus olhos brilhando com o conhecimento dos destinos que ele controlava. Seu corpo era como o de um leão, uma fera ancestral que transmitia uma força imensurável. Suas potentes asas de águia, que se estendiam de suas costas, revelavam-se como uma imensa ameaça alada.
"Você, humano audacioso, pensa que pode desafiar o curso do destino?", Anzû rugiu, sua voz ecoando pelas paredes do templo. "As tábuas decidem quem vive e quem morre, quem prospera e quem perece. Você não pode escapar do que está escrito."
O confronto foi épico. Anzû, com seu corpo imponente, apresentava uma forma híbrida assustadora, suas asas de águia batiam com tal furor que criavam redemoinhos e tempestades de areia, dificultando a visão de Zephyr. Ele lançava feitiços ancestrais das tábuas, manipulando o tecido da realidade ao seu redor. Cada movimento de Zephyr era previsto, cada estratégia já registrada nas tábuas. Parecia que o herói estava destinado à derrota.
No entanto, a determinação de Zephyr era tão antiga quanto as próprias tábuas. Ele lutou não apenas contra Anzû, mas contra o destino imposto, recusando-se a aceitar um mundo onde o livre arbítrio da humanidade fosse controlado por forças além de seu controle.
A batalha se desenrolou com uma ferocidade que abalou os alicerces do templo. Zephyr, enfrentando os redemoinhos e as tempestades criadas pelas asas de Anzû, se esquivava dos feitiços, contra-atacando com habilidade e precisão. As tábuas tentavam predizer seus movimentos, mas o herói encontrou uma brecha nas previsões, uma margem de livre arbítrio que lhe permitiu lutar contra o destino imposto.
Finalmente, com um golpe certeiro, Zephyr quebrou as tábuas dos destinos em pedaços. Uma explosão de energia mágica encheu o templo, dissipando-se lentamente enquanto os destinos que haviam sido escritos desapareciam no éter.
Anzû olhou, atônito, para as tábuas destroçadas aos seus pés. O poder que ele uma vez possuíra agora se dissipava como fumaça. Com um olhar de desafio, Zephyr enfrentou o guardião uma última vez.
"O destino pode moldar o mundo, mas somos nós que decidimos como enfrentá-lo", disse Zephyr, sua voz firme como aço. "A humanidade será livre, e nenhuma entidade, por mais antiga ou poderosa, irá controlar nosso destino."
Com essas palavras, Zephyr partiu, deixando Anzû para trás, seu domínio sobre as vidas dos outros, agora desfeito. Sozinho, ele continuou sua jornada, determinado a encontrar a Lâmina das Marés antes que o Leviatã pudesse trazer o caos prometido.

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