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Zephyr (1994)

Duration: 6:06

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Capítulo 85:
O Enigma da Esfinge

Zephyr avançou através das terras áridas, onde dunas de areia se estendiam até onde os olhos podiam alcançar. No horizonte, erguia-se uma estrutura colossal: o templo da Esfinge, um local de mistério e desafio. Dizia-se que dentro desse templo, a lendária criatura aguardava, pronta para testar a mente e a coragem daqueles que ousavam entrar.
Ao adentrar o templo, Zephyr se encontrou diante da majestosa Esfinge, uma figura colossal com a cabeça de uma mulher sábia, o corpo de um leão poderoso e as asas de uma águia imponente. Seus olhos, profundos como o universo, encaravam Zephyr com intensidade, como se lessem os segredos mais profundos de sua alma.
"Aquele que busca a Lâmina das Marés deve primeiro provar sua sabedoria", disse a Esfinge com uma voz que ecoava pelas paredes do templo. "Responda ao meu enigma e prove que és digno de continuar sua jornada."
O enigma da Esfinge reverberou pelos corredores do templo:
"O que é aquilo que é ao mesmo tempo leve como uma pluma, mas a mais forte correnteza não pode levá-lo?"
Zephyr mergulhou em profunda reflexão. Ele sabia que esta não era uma pergunta comum, mas um teste de verdadeira perspicácia. Após momentos de ponderação, ele respondeu:
"É o sopro do vento. Invisível, mas inegavelmente presente, ele dança com a brisa e desafia até mesmo as forças mais poderosas."
A Esfinge sorriu, um sorriso enigmático que revelava sua aprovação. "Você é astuto, Zephyr Blackthorn. Sua resposta é correta.”.
Nisso, a Esfinge desapareceu. Zephyr sabia que conquistar sua aprovação não seria tão fácil, então se sentou, acendeu uma fogueira e esperou.
Durante horas, tudo que o acompanhou foi o silêncio, até que o herói teve a sensação de que estava sendo observado.
Dentro do majestoso templo da Esfinge, após uma longa espera, Zephyr estava novamente diante da imponente criatura. Os olhos da Esfinge, profundos como o cosmos, fixaram-se em Zephyr com uma intensidade que parecia alcançar os recantos mais sombrios de sua alma. A voz ecoou nas câmaras, uma sinfonia enigmática pairando no ar.
Então a Esfinge perguntou: "Quanto mais você tira, mais forte eu fico. O que sou eu?" Zephyr, cercado pela aura misteriosa do templo, considerou as palavras da Esfinge. Ele visualizou o conceito de tirar algo e, paradoxalmente, fortalecer. Após momentos de reflexão, ele respondeu: "É o buraco.", surpreendendo a Esfinge com sua astúcia.
A Esfinge, com um sutil sorriso de aprovação, concedeu sua aceitação. "Sua mente é como uma lâmina afiada, Zephyr. Mas há mais um desafio a desvendar."
Então, a Esfinge propôs: "Quem sou eu: corro sem pernas, falo sem boca, mas não tenho alma. O que sou eu?" A segunda charada pairou no ar, desafiando Zephyr a decifrar o que corria, falava, mas carecia de alma. Com olhos penetrantes, ele respondeu: "É o rio.", mais uma vez surpreendendo a Esfinge com sua sagacidade.
A Esfinge, guardiã dos segredos, assentiu com aprovação. "Seu discernimento é notável, mas há um último desafio."
Então, a Esfinge apresentou o último enigma: "Sou mais poderoso que Deus, mais maligno que o Diabo. Os pobres têm, os ricos precisam. Se você me comer, morrerá. O que sou eu?" No último enigma, Zephyr ponderou sobre a natureza de algo mais poderoso que divindade, mais maligno que o próprio Diabo. Seu raciocínio, como um fio de luz na escuridão, o guiou para a resposta: "É nada.", mais uma vez surpreendendo a Esfinge.
A Esfinge, mestra dos enigmas, deixou transparecer uma expressão de respeito. "Sua sabedoria é verdadeiramente notável, Zephyr Blackthorn. Assim como vence os desafios físicos, superou as complexidades da mente. Continue sua busca com esta resolução."
Com a aprovação da Esfinge, Zephyr sentiu um novo senso de determinação. Ele deixou o templo e continuou sua jornada, agora mais confiante em suas habilidades mentais e espirituais. Cada desafio enfrentado não apenas fortalecia seu corpo, mas também sua mente, tornando-o cada vez mais preparado para o confronto iminente com o Leviatã e o destino entrelaçado dos reinos mágico e humano.

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