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Zephyr (1994)

Duration: 4:43

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Capítulo 88:
A Fúria das Árvores

O caminho de Zephyr o levou mais profundamente nas densas florestas que escondiam segredos ancestrais. Entre as árvores altas e imponentes, habitavam as Dríades, espíritos das árvores que zelavam pelos bosques como guardiãs naturais. Porém, os passos do herói eram considerados intrusos, pois a jornada que ele seguia podia perturbar o equilíbrio frágil da floresta.
As Dríades, envoltas na essência da natureza, surgiram diante de Zephyr. Seus olhos, tão verdes quanto as folhas novas da primavera, estavam repletos de determinação e advertência. “Humano, este é um domínio sagrado. Suas pegadas profanam a terra que protegemos. Pare e retorne por onde veio, ou enfrente a ira das árvores.”
Zephyr, por sua vez, respeitava profundamente a natureza e entendia a importância de seu papel na ordem do mundo. Ele abaixou sua cabeça, mostrando respeito pelas Dríades, mas sua voz era firme. “Não quero trazer dano a este lugar. Estou aqui para encontrar a Lâmina das Marés e proteger não apenas os humanos, mas também os reinos mágicos dos males iminentes. Sei que vocês são os guardiões deste lugar, e peço sua compreensão.”
As Dríades, apesar de seu desagrado, sentiram a sinceridade nas palavras de Zephyr. No entanto, elas não podiam simplesmente deixar um estranho avançar sem provar sua devoção à natureza. Elas decidiram testar o herói.
Árvores ancestrais cobertas de musgo começaram a se contorcer e ganhar vida. Galhos grossos se estenderam como braços, raízes entrelaçadas formaram um escudo protetor ao redor das Dríades. Era uma demonstração de poder e uma advertência silenciosa.
A batalha começou com os galhos das árvores golpeando Zephyr, mas ele se esquivava com agilidade, mostrando seu respeito pela força da natureza. Com habilidade, ele evitou os ataques das Dríades, enquanto tentava convencê-las de que sua causa era nobre.
Com determinação, Zephyr enfrentou a fúria das árvores com compaixão no coração. Ele não buscava danificar a floresta, apenas passar por ela em sua busca pela Lâmina das Marés. A luta continuou por horas, até que finalmente, Zephyr encontrou uma oportunidade. Com um soco poderoso, ele atingiu o tronco de uma das árvores, mostrando sua força colossal.
As Dríades recuaram, suas expressões mudando de desconfiadas para contemplativas. Zephyr se aproximou, recuperando sua lâmina com respeito. “Eu entendo a importância deste lugar. Prometo que minha jornada não trará dano irreparável à sua casa. Deixem-me passar, e eu continuarei meu caminho com o maior cuidado.”
Após um momento de silêncio, as Dríades finalmente cederam. Os galhos recuaram, as árvores voltaram à sua calma anterior. Com um aceno de agradecimento, Zephyr avançou, mostrando gratidão pela compreensão das guardiãs da floresta.
Assim, ele continuou, mais sábio e determinado do que nunca. Sua jornada o levava por lugares onde poucos humanos ousavam entrar, e cada desafio o transformava, forjando-o em um protetor ainda mais forte e compassivo dos reinos mágico e humano. A Lâmina das Marés o aguardava, e ele estava pronto para enfrentar qualquer obstáculo que o destino colocasse em seu caminho.

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