Os tribunais superiores em Brasília acabam entrar de férias, mas uma semana antes alguns de seus juízes tinham ido a Lisboa para um seminário jurídico. Promovido pelo IDP, o instituto-empresa do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o evento reuniu não só togados (o próprio Mendes e seus colegas de STF André Mendonça e Luis Roberto Barroso) e advogados (o presidente da OAB, José Alberto Simonetti, e José Eduardo Rangel de Alckmin). Havia também políticos (o deputado Arthur Lira, o senador Rodrigo Pacheco, o ex-presidente Michel Temer), empresários (Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, João Camargo, do Esfera Brasil, e os irmãos Joesley, da JBB). Em suma: um grande convescote da dita “elite”, a juntar julgadores e julgados, legisladores e legislados. Na volta a Brasília, aliás, Gilmar Mendes deu uma liminar salvadora para Arthur Lira no caso da investigação da Polícia Federal (PF) de fraudes com kits de robóticos. O que explica esse tipo de promiscuidade dos figurões da República? Quais são suas origens e seus males? Sobre esses assuntos, o repórter André Barrocal entrevista AO VIVO o sociólogo Ricardo Costa de Oliveira, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) especializado em genealogias, nepotismo e famílias políticas.
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